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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Terra de GIGANTES!

Muda de Jequitibá-branco 
Caro internauta,  venho hoje contribuir com um assunto que dentro da biologia,  é um dos que mais me fascina. 
Há séculos atrás,  antes da grande invasão européia nas terras brasileiras,  reinavam absolutas e imensas árvores. Isso é fato! 
Tamanha exuberância daquele continente praticamente intocado faz minha imaginação alçar longos vôos. 
Infelizmente, a grande problemática é que podemos apenas permitir que a nossa imaginação nos leve,  pois essa maravilha já não existe mais. 
Séculos e mais séculos de exploração predatória que se extende até os dias atuais. E lhes pergunto:
Quantas maravilhas se perderam para sempre? 
Quanto tempo seria necessário para que tudo voltasse a atingir níveis ecológicos comparáveis aos que existiam na época? 
Talvez estudiosos e pesquisadores possam estimar,  mas de fato nunca saberemos ao certo. 
Pautada nessa viagem imaginária,  me recordo do exemplar de jequitibá que felizmente sobreviveu á ganância humana e atualmente vegeta dentro de uma unidade de conservação,  na cidade de Santa Rita do Passa Quatro - SP. 
Com quase 49 metros de altura e circunferência de 8 metros,  o gigante não poderia ganhar um nome mais apropriado do que  o "Patriarca"  da floresta. 
Estima-se que a imensa árvore tenha muitos séculos e talvez até milênios de vida. Uns falam em 600,  outros em até mais de 3 mil anos, independentemente temos que reconhecer que o Patriarca é realmente muito antigo e que muita coisa deve ter passado aos seus pés. 
Ele pertence à espécie Cariniana legalis conhecida popularmente como Jequitibá-rosa. Alguns exemplares de uma árvore irmã a essa espécie,  o Jequitibá-branco,  já foram encontrados com fantásticos 60 metros de altura, porém, garimpei muito pela internet e infelizmente não consegui ainda muitas informações. 
Quantos anos talvez essas outras gigantes poderiam ter? 
Espécies de árvores muito conhecidas como o Jatobá, Figueira-branca, Cedro-rosa, Pau-Brasil, Pau-ferro, Canela-preta, Angelim-pedra,  etc... também chegam a viver muitos séculos e até milênios.
O mais triste é saber que o homem derruba em minutos o que a natureza levou milênios para construir. 
Poderíamos ainda encontrar alguma dessas belíssimas árvores sobreviventes em pé? 
Enquanto isso...mais uma foto da muda de Jequitibá-branco que plantei a aproximadamente 5 anos atrás. 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Cedro-rosa


Durante uma rápida passagem por uma cidade interiorana chamada Iperó, me encantei com a beleza desse cidadão que reside em um terreno no centro da cidade.
Trata-se de um exemplar nativo da nossa mata atlântica, popularmente conhecido como "cedro-rosa" cujo nome científico é Cedrela fissilis.
Essa belíssima espécie ocorre em solos profundos e úmidos, por isso é geralmente encontrado em partes baixas da floresta, onde seu enorme e cilíndrico tronco sobe verticalmente formando o dossel superior da mata, podendo alcançar aproximadamente 30 metros de altura.
No inverno a árvore perde grande parte das suas folhas, floresce e produz cápsulas que se abrem quando maduras. Essas cápsulas soltam pequeninas sementes aladas que voam ao sabor do vento, podendo percorrer longas distâncias.
É uma espécie secundária que não tolera o Sol pleno, portanto ocorre em matas mais preservadas pois suas mudas não se desenvolvem bem com muita luminosidade direta.
Infelizmente trata-se de uma espécie ameaçada, a qualidade de sua madeira para a confecção de móveis é o que a torna muito valorizada.
Atualmente é muito usada em recomposição de áreas degradadas e reflorestamento o que faz do cedro-rosa um cidadão de respeito e que merece ser preservado.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Mata Atlântica


Neste post venho descrever uma breve visita que fiz ao Núcleo Cabuçu do Parque Estadual da Cantareira.
Lugar ao qual carrego com muito carinho, seja pelas amizades que fiz como também pelos aprendizados que a natureza me proporcionou ali. Considero a região como "o último suspiro" da mata atlântica da Grande São Paulo. Bioma ao qual encontra-se criticamente ameaçado e quase que totalmente descaracterizado por diversos fatores bióticos e abióticos causados pela ação do homem.
Mundialmente é a maior floresta em área urbana e de extrema importância em preservação, seja pela sua biodiversidade quanto pela quantidade de água com excelente qualidade que ali existe, permitindo o abastecimento de grande parte da Grande São Paulo.
Andando por uma das trilhas do Núcleo Cabuçu consegui registrar (ver foto acima) alguns exemplares de uma orquídea do gênero Pleurothallis, vegetando em um tronco caído no sub-bosque da floresta.



terça-feira, 15 de abril de 2014

O pequeno gigante

Depois de alguns meses sem postar segue uma nova publicação. Vou tentar manter a continuidade.
Em alguns momentos tive a boa idéia de produzir algumas mudas de árvores nativas. Enquanto algumas iam crescendo a todo vapor outras permaneciam com crescimento lento, principalmente as espécies climáceas como o jequitibá-branco.
Nessa foto lhes apresento uma muda de jequitibá-branco que foi plantado em um trecho protegido, felizmente está em um parque estadual na cidade de São Paulo. Já são quase 6 anos desde que o plantei, se continuar assim espero que torne-se uma bela árvore daqui alguns anos.
Que viva muito e que cresça muito.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Palmeira-leque

Palmeira-leque
Washingtonia robusta

Trata-se de uma espécie de palmeira muito cultivada em todo o Brasil, seja por sua rusticidade ou pela sua beleza. Originária da América do Norte (sul dos EUA e México), todo cuidado é pouco, essa espécie tem alto potencial invasor em nossas florestas, ao longo de muitas regiões protegidas já é possível encontrar exemplares se desenvolvendo e inclusive frutificando, o que é extremamente prejudicial para as nossas espécies nativas.
Alheio ás críticas sobre sua característica invasora, essa espécie pode atingir grande altura, entre 20 e 35 metros. 
Na capital paulista, podemos encontrar exemplares com mais de um século de vida e altura beirando os 30 metros.
No alto de sua imponente estipe, suas folhas enormes são um verdadeiro refúgio para aves de diversas espécies, sendo inclusive, usadas na nidificação dos psitacídeos que sobrevivem nas grandes cidades.
Por ser uma espécie de grande importância ornamental, acredito que essa é mais uma espécie que veio para ficar em nosso país. Certa vez ouvi dizer, que nossas matas serão reflexo das escolhas da humanidade no passado, ao que parece é bem assim que as coisas estão ocorrendo.
Seus frutos são encontrados em cachos, são pequenos, ovalados e germinam sem muita dificuldade, basta olhar atentamente próximo a algum exemplar e podemos perceber pequenas mudas pelo chão.
Do ponto de vista paisagístico é uma planta que realmente merece destaque.



domingo, 22 de setembro de 2013

Dia da Árvore

21 de setembro - Dia da árvore
Em virtude da data de 21 de setembro, na qual é comemorada oficialmente como o dia da árvore venho por meio deste post fazer um apelo.
Muito sabemos sobre as necessidades de cada um e até mesmo sobre como somos diferentes quando o assunto é viver bem, afinal o que é bom para alguns pode não ser agradável aos outros, mas enfim.
Estamos passando por momentos difíceis, os governantes do nosso país priorizando infra-estrutura para copa do mundo, olimpíadas e a nossa natureza simplesmente desaparecendo.
Tenho observado as obras do rodoanel trecho norte e sua enorme devastação na Serra da Cantareira, as ruas e praças sendo reurbanizadas e perdendo o pouco de verde que resta a cidade, me fazendo refletir.
Onde estará a tão sonhada consciência de preservação do homem moderno?
Será que estamos conseguindo realmente agregar algo na cabeça dos jovens que serão o futuro do nosso planeta?
Deixo aqui manifestada a minha dúvida sobre o futuro pela visão que tenho no presente.
E acreditem, temos muito o que melhorar, muito.
A natureza é a mãe de todas as coisas, não existirá vida se não existir respeito pelas outras espécies.
Proteger o verde é nossa obrigação nesse mundo, cuidar da natureza também é um gesto de caridade.
Que todos os dias sejam de amor e respeito ás nossas amigas, as árvores.

 

domingo, 21 de abril de 2013

Arborização Urbana

                                                 
 Desde os primórdios da humanidade quando deixamos de ser nômades, a raça humana passou a modificar o meio ambiente, visando o benefício próprio e necessário a sua sobrevivência. Não vou me prender a datas, nem a fatos históricos neste post, porém, juntamente com a existências das grandes metrópoles mostrou-se necessária a preocupação do bem estar social com relação a áreas verdes como parques, praças e jardins. Sou residente da zona oeste de São Paulo e nesses últimos cinco anos pude perceber uma grande melhora e aumento de áreas verdes tão necessárias ao bem estar da população e também da fauna local. A construção de parques, praças e plantio arbóreo em calçadas, demanda uma série de medidas que julgo como indispensáveis para o seu máximo aproveitamento e sucesso. O principal é sempre manter o padrão da flora local, sempre utilizar espécies especificamente nativas daquela região. Digo específicas, pelo fato de contribuir como abrigo a animais, adaptação a fatores ambientais e intempéries locais como condições atmosféricas (pluviosidade, temperatura, umidade, geomorfologia, etc). Plantando a espécie certa no local certo, certamente as chances de bom desenvolvimento dessa planta serão garantidos. Devemos nos atentar sempre as características do que será plantado, tamanho máximo, tipos de raízes, tamanho de frutos,etc. A segunda preocupação deverá ser onde plantar, sob fiação elétrica, encanamentos próximos, largura da calçada, etc. O espaço mínimo para o bom desenvolvimento de um espécime de porte médio a grande (aproximadamente 15 metros de altura) deve ser de um metro quadrado. Quanto maior o espaço que você puder disponibilizar para a planta melhor, jamais cerque a área da muda com muros ou degraus, isso impede o escoamento da água das chuvas para o solo e também deixa de levar nutrientes dos quais a árvore necessita para sobreviver. Esses nutrientes podem ser compensados através da adubação química com um Adubo de NPK 10-10-10, facilmente encontrado em lojas de jardinagem. Particularmente a cada 6 meses eu sempre procuro garantir esse suplemento na nutrição das árvores e demais plantas que eu cultivo em meu quintal. Outro fator importante é nunca varrer o "pé da árvore", deixe sempre as folhas e galhos caídos ali, eles irão se decompor e garantirão a reposição natural de nutrientes no solo. Esses são apenas os principais cuidados e providências a serem tomados para o plantio, é sempre importante consultar informação especializada e orientação junto a administração pública antes de se plantar árvores em calçadas e solicitar podas, para evitar transtornos futuros. A natureza nos trás benefícios incalculáveis, devemos incentivar e multiplicar idéias que beneficiem o aumento das áreas verdes em nossas cidades. Amar a natureza sem fazer a sua parte é como ter fé sem fazer caridade.