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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Jatobá

O jatobá (Hymenaea courbaril) , jataí ou pão-de-ló-de-mico, é uma árvore nativa do Brasil, encontrada em todo o país e tem sido cada vez mais rara encontrá-la na natureza.
Essa belíssima árvore é cobiçada pelo valor de sua madeira que é conhecida em inglês como "brazilian-cherry", tem excelente qualidade, sendo usada principalmente para móveis e artigos de luxo. Juntamente com o ipê e o mogno, a madeira do nosso jatobá está entre no grupo das dez mais valiosas e negociadas madeiras do mundo.
Produz um fruto com uma casca bastante dura, dentro dele encontram-se duas, três ou quatro sementes, envoltas em um pó branco-amarelado (quando maduro)com cheiro bastante característico. Seu fruto é comestível, sendo muito rico em ferro e indicado para tratamento de anemias crônicas, receitas de doces de jatobá eram muito comuns até o final do século XIX.
O magnífico jatobá pode alcançar mais de 40 metros de altura e 8 metros de circunferência de tronco. A chamada "árvore de Martius", encontrada por este pesquisador na Amazônia, tinha altura estimada em trinta metros, diâmetro de oito metros, idade entre 2000 e 4000 anos e talvez fosse um jatobá.
Atualmente o jatobá é considerado patrimônio sagrado no Brasil por causa da fama de seus frutos serem considerados mágicos pelos índios e terem poder no "reequilíbrio" de quem os consome.
Devido ao fato de sua casca ter propriedades medicinais, os poucos jatobás que ainda sobrevivem nas grandes cidades vem sofrendo com a retirada das suas cascas para a fabricação de remédios caseiros, o que pode matar a árvore se a retirada das cascas for excessiva.
Porém ainda há luz no fim do túnel, o jatobazeiro vem sendo muito utilizado na recomposição de áreas degradadas, porém seu crescimento é lento e as condições para o desenvolvimento das suas mudas requerem alguns cuidados, como a regulagem de iluminação e umidade excessiva que lhe podem ser prejudiciais.
Essa é mais uma obra prima da natureza que embelezaria facilmente praças e parques nas grandes metrópoles, falta apenas força de vontade do governo para preservá-la.
Rui Othon

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